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Orquídea sem flor? Saiba o que fazer
Quando o assunto é orquídea, a primeira imagem que nos vêm à mente é da planta cheia de flores. Mas, ser vivo tem um ciclo e não poderia ser diferente com as espécies queridinhas dos orquidófilos. Nossa jardineira Carol Costa explica como é o tempo entre uma florada e outra e, como cuidar das orquídeas, em cada uma das suas fases.
Quando ainda é uma planta-bebê
A infância da orquídea é a mais fácil de entender. Pelo jeitinho da planta, você compreende que ela é só um bebê e ainda tem muito que crescer antes de dar flores. Uma formação especial surge na planta, um caule diferente – o pseudobulbo. Em certas espécies, como as do gênero Dendrobium, é mais simples identificar qual dos pseudobulbos está crescendo, já que os mais velhos perdem as folhas e ficam, digamos… "mais pelados". O caule com folhas é o próximo que se encherá de botões no momento certo.
O momento da floração
O auge da florada só surge depois que a planta passou por uma longa preparação: raízes e folhas cresceram, a haste floral se formou e ficou carregada de botões. Só depois de tudo isso pronto, é que a orquídea mostra todo seu potencial e beleza. Em Phalaenopsis, a haste floral é mantida e a planta pode florir novamente nesse mesmo cabinho, mas, em outras orquídeas, a haste só dá flores uma vez (oi, Dendrobium, Oncidium e Denphal!).
A fase de descanso da planta
Depois da florada, a planta entra numa fase de dormência. Não tem adubo ou técnica de rega que fará com que ela dê flores na sequência, a orquídea precisa e merece um descanso. Deixe a planta tirar a sua soneca de beleza pra se recuperar, e, espere – ela avisará quando acordar. Nossa louca das plantas mostra o sinal que uma orquídea-cometa (Angraecum sesquipedale) dá: novas raízes, com pontinhas bem verdes, começam a aparecer. Em Phalaenopsis, é normal a última folha, a mais antiga, começar a ficar feia – a planta faz esse descarte propositalmente.
Antes de passar a tesoura
Deu aquela vontade de pegar a tesoura e sair cortando haste e folhas? Respira fundo, conta até dez e, antes de deixar a “cortite” tomar conta de você, dá uma olhada em alguns sinais. Sua orquídea é uma Phalaenopsis? Segura um pouco a onda, talvez a planta reaproveite a haste pra dar novas flores. Só corte se a haste estiver totalmente seca. Se a orquídea não é uma Phalaenopsis, você pode descartar a haste sem preocupação. Carol mostra no vídeo o local que você deve cortar: bem rente às folhas. Se a cortite tá coçando e fazendo você querer passar a tesoura naquela folha que parece morta… só faça isso se a folha estiver totalmente seca.
Sem sinais aparente
Às vezes, a planta dá uma de enigmática e não deixa nenhuma dessas sinalizações aparentes. Você pode ficar com dúvida se a planta “acordou” ou se ainda está em dormência. Nada de pânico! Lembre-se de que a planta sabe muito bem sobre seu ciclo e está lá, de boa, no ritmo dela. Não puxe a planta só pra ver se as raízes estão verdes. Melhor deixá-la no soninho mais um pouco e, evitar ser aquela pessoa chata, que chacoalha a outra até que acorde, só pra perguntar:
“– Você tava dormindo?”
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