Como saber a hora de trocar a planta de vaso

Antes de mudar sua planta de vaso, assista esse vídeo. Nossa jardineira Carol Costa mostra técnicas para remover a planta do pote, como identificar o momento certo pra trocar e, principalmente, quando é o período pra deixar a verdinha ali, quietinha no recipiente antigo e aguardar o melhor momento pro transplante. Vem que esse vídeo vai mudar sua forma de trocar as plantas de vaso.

Sinal #1: orquídea com flor


Algumas espécies sinalizam o momento da troca de vaso. Outras, são discretas, é preciso ficar de olho e aprender o "plantês", o idioma que nossa louca das plantas ensina e que envolve observar os sinais das verdinhas. Quase sempre, a troca envolve um vaso maior e, o motivo principal é que a planta já não cabe mais na morada anterior. Como regra geral, evite fazer um transplante quando a planta estiver florida, principalmente se for uma orquídea. Esse é um período em que a planta está mais delicada e, a gente aguarda com tanta ansiedade esse momento, que não vale a pena mexer na verdinha e correr o risco da orquídea abortar os botões e flores.

Sinal #2: raízes expostas


Um bom exemplo de planta que precisa que o vaso seja trocado é o Cymbidium hybrid, uma espécie de orquídea que possui raízes vigorosas e que vai implorar por uma casa nova de uma forma muito visual. Olhe embaixo do vaso e, se notar que os buracos de drenagem estão sendo invadidos por raízes, é um sinal bem claro de "me dê mais espaço, por favor".

O jeito de tirar uma verdinha de um recipiente, seja pequeno, seja grande, é exatamente o mesmo, e envolve mais jeito do que força. Alguns dias antes, molhe bem a planta. Aperte as laterais do vaso e, segurando a planta pelo caule, puxe o recipiente – não faça o contrário, puxar a planta não é a melhor forma.

Sinal #3: raízes enoveladas


Você verá que a massa de raízes que se formou é tão densa, que praticamente o substrato desaparece no meio daquele novelo. Aliás, a expressão usada pra definir um montão de raízes emboladas é enovelar. Assim que terminar a florada, dê uma olhadinha nas raízes. Carol mostra também um vaso de vidro, onde dá pra ver muitas raízes de uma Sansevieria boncel, mas que ainda aguenta mais um tempinho no recipiente.

Sinal #4: vaso deformado


Em certos casos, nem é preciso remover a planta pra saber que a verdinha está implorando por espaço. Se o vaso de plástico está deformado, é um sinal de que a planta está empurrando as laterais com força e lutando por cada milímetro de espaço. É o caso da zamioculca (Zamioculcas zamiifolia) e o aspargo-alfinete (Asparagus densiflorus), plantas que Carol mostra no vídeo. Se estiver muito difícil remover o vaso da planta, use uma tesoura de poda e corte o plástico. Sacrifique o recipiente, não a verdinha!

Sinal #5: folhas amareladas


Se a planta perdeu aquela cor marcante e passa a ter um tom amarelado, mesmo com a quantidade correta de sol e adubo, é um indicador de que algo não está bem. Com um substrato cansado e sem espaço pras raízes, a planta não consegue se desenvolver bem, ficando frágil e propensa a pragas. Quem sabe, não vale separar a touceira e aproveitar pra fazer novas mudas? Brotos secando, apodrecendo ou amarelando também é um sinal de que a planta precisa de mais espaço.

Materiais e plantas mostrados no vídeo:
tesoura de poda, da STIHL
zamioculca (Zamioculcas zamiifolia), do Grupo Terra Viva
Cymbidium hybrid
aspargo-alfinete (Asparagus densiflorus)
dracena-confeti (Dracaena godseffiana)
Sansevieria boncel

Figurino:
Carol usa colar do Studio Drê Magalhães, casaco da À Flor da Pele, blusa e calça do acervo pessoal.

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