Como salvar o alecrim com ramos secos

Aquele alecrim que prometia tanto, tá com um jeito meio jururu, secando, pontas murchas e com manchas nas folhas. Calma verdinho, respira e assista esse vídeo até o final. Nossa jardineira Carol Costa explica tudo o que tá acontecendo com seu querido alecrim, seja um pezinho ou uma touceira. E, segura que lá vai spoiler: sim, dá pra salvá-lo!

Condições do local influenciam


Num vídeo anterior sobre o alecrim (Salvia rosmarinus), Carol mostrou como cultivar a planta em vaso. E, olha que interessante, na mesma época, outra touceira de alecrim, do mesmo produtor (Flora Yamamura), foi plantada em outro vaso num local diferente. Neste pátio, o sol só fica disponível pra planta, em média, 4 horas e ainda é cuidado por várias pessoas, já que está numa área comum de um prédio. Plantas idênticas, condições diferentes e uma listinha de problemas em um deles.

Erro: pouco sol e muita água


Se o alecrim está seco, a falta de sol e o excesso de água podem ser os responsáveis, como é o caso da planta do vídeo. Olha só que matemática maluca a dessa planta: menos sol e mais água é igual a um alecrim seco. #carolexplica! O alecrim é uma planta de origem mediterrânea, que se adaptou pra crescer em solo pobre, bem drenado, com bastante vento mas, ensolarado. Aqui no Brasil, o ambiente é mais úmido, pode chover demais em certas regiões e, com sol de menos, a água acumula ainda mais. Assim, a planta não tem as condições ideais, enfraquece e acaba morrendo.

Pode as partes que secaram


Pode ser que só algumas partes do alecrim estejam secas. Olhando mais de perto, apesar da touceira dar a impressão de ser uma única planta grande, na verdade o vaso é composto de várias estacas independentes. Isso é normal e acontece também na natureza, onde os alecrins filhos crescem próximos da planta original. No vaso do vídeo, dá pra perceber que algumas mudas não se desenvolveram bem e secaram. Pode ser que não enraizaram, alguma praga atacou com mais força aquela planta ou ainda, o adubo não foi o suficiente bem naquele local que ela cresceu. Em todo caso, uma tesoura de poda vai dar conta, removendo os galhos secos e dando mais espaço pro sol atingir os outros ramos. Aproveite pra picar a planta seca e usá-la como palhinhas protetoras.

Ácaros no alecrim


Se o problema não é falta de sol nem excesso de regas, fica de olho vivo porque tem pragas e doenças na parada! As mais comuns são ataques de ácaros, facilmente reconhecidos porque deixam as folhas amareladas e com um jeito de ralado. Quando a infestação é bem grande, dá pra notar uma teiazinha bem fina que envolve a planta. A falta de enxofre é um fator que acaba favorecendo o aparecimento de ácaros e, é facilmente resolvido com uma adubação mais completa. A planta é resistente e se recupera praticamente sozinha. Prefira usar o Bokashi (clique aqui), que é rico em macro e micronutrientes (o enxofre é um micronutriente).

Adubação variada


A adubação é importante, mesmo pro alecrim, que já é acostumado com um solo mais pobre. Se você oferecer um solo saudável e adubação correta, a planta se desenvolve melhor, usando só o que precisa. É como um buffet, se tem todos os nutrientes ali, bem à mão (ops, raiz!), a plantinha se vira e usa o que precisar. O adubo de liquidificador (link aqui) também é um ótimo complemento, entregando nutrientes aos poucos mas, lembre-se de cobrir com uma grossa camada de palhinhas protetoras. Aparece um bolorzinho no substrato e é normal, o que não pode é ficar visível. Cubra bem, com uma camada espessa de palhinhas protetoras (aqui tem um vídeo) e deixe que os serezinhos minúsculos que habitam qualquer substrato saudável tirem proveito desse alimento e o decomponha em nutrientes. Seu alecrim agradecerá em forma de folhas bem formadas, perfumadas e verdinhas!

Materiais e plantas mostrados no vídeo:
alecrim, da Flora Yamamura
tesoura de poda, da STIHL

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