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lírio-oriental: seu cultivo e como fazer um buquê
Impossível não se encantar com um lírio-oriental (Lillium speciosum), uma planta que impressiona pelo tamanho de suas flores, e que ainda consegue ser bela, delicada e perfumada. Do bulbo até a sua casa, nossa jardineira Carol Costa mostra a jornada do lírio-oriental, neste que é primeiro vídeo de uma série feita em parceria com o Jan de Vit, um dos maiores produtores de lírios e tulipas no Brasil.
Bulbos congelados
A viagem da planta começa na Europa, onde bulbos de lírios-orientais partem de navio rumo ao Brasil. E, como se não bastasse a viagem pelo mar, essas formações parecidas com cebolinhas partem do seu destino dentro de blocos de gelo. Ao chegar ao produtor, os bulbos são armazenados em câmaras frigoríficas, permanecendo congelados em exatos -2° C, até o momento do seu plantio. Para brotar, o bulbo é colocado em um pote com substrato e levado para a câmara de enraizamento. Neste local, a temperatura é um pouco mais agradável (ao menos para a planta-bebê): entre 8 e 10° C.
Fazendo o lírio-oriental florir
Depois de um tempo nas estufas do produtor, a planta começa a desenvolver folhinhas e, em seguida, surgem em seu caule alguns botões. Em condições diferentes de temperatura, a planta nunca teria a formação de flores, ou ainda, nem chegaria a brotar. Após alguns dias, os botões do lírio-oriental estão no tamanho exato e as plantas são enviadas para garden centers e floriculturas de todo o Brasil.
Como fazer um buquê com lírios-orientais
Agora que você conhece um pouco mais sobre o lírio-oriental, que tal criar um charmoso arranjo? Nossa jardineira Carol Costa conversa com o artista floral Edinei Carneiro e é ele quem ensina as técnicas para criar um incrível buquê usando essas flores.
Porque remover o pólen
Uma dica de ouro para manusear lírios-orientais: remova as pequenas hastes onde ficam o pólen da flor. Isso evita que esse pozinho amarelo manche roupas, cause alergia em pessoas e, até mesmo, algo mais sérios para gatos: o pólen é tóxico se ingerido por felinos, podendo causar problemas renais. Para evitar esse monte de problemas, basta cortar as pequenas anteninhas das flores e descartá-las.
Técnica do arranjo em espiral
Escolha plantas com flores abertas e algumas com botões fechados, para que os arranjo permaneça vivaz por mais tempo. Comece limpando as hastes — com uma das mãos, segure o caule mais ou menos no meio e remova as folhas que ficam na parte de baixo da planta. Assim, ficará mais fácil para amarrar as plantas e seu arranjo durará mais tempo. Ainda, as folhas apodrecem ao ficar em contato com a água do vaso, causando mau cheiro.
Amarrado e fazendo o acabamento do buquê
Juntando os caules do lírio-oriental, Edinei gira o arranjo em forma de espiral e vai acrescentando flores onde é necessário. Cruzando as hastes e mantendo as flores numa altura harmoniosa, o artista começa a dar a forma ao buquê. Mesmo os caules do lírio-oriental sem flores são aproveitados no arranjo. Com o buquê do tamanho desejado, é hora de amarrar as plantas firmemente com um fitilho. Como acabamento, folhas de fórmio (Phormium tenax) escondem os caules do arranjo e cria um efeito de unidade. O detalhe charmoso está nas pontas do fórmio, enroladas e presas em forma de cachinhos. O buquê está quase pronto, basta agora cortar os excessos na parte de baixo e, se tudo foi feito como mostrado no vídeo, seu arranjo consegue até mesmo ficar em pé!
Agora, é só colocá-lo num vaso com água limpa e expor sua perfumada obra de arte! Lembre-se de escolher um local iluminado, mas que não receba luz do sol diretamente sobre a planta. Afinal de contas, seu lírio-oriental gosta de um lugar friozinho — a planta não nega suas raízes (ou melhor, bulbos!).
Links:
Jan de Wit (produtor de flores)
Edinei Carneiro (artista floral)