Borra de café, casca de ovo e a papa que a Carol usa nas plantas
Aqui em casa, tudo volta pra terra e vai alimentar as plantas que me alimentam. Deixo na cozinha uma tigela pra recolher restos de frutas, verduras, legumes, borra de café, saquinhos de chá, casca de ovo e folhas secas. Quando a tigelinha enche, o que acontece pelo menos uma vez por semana, eu bato tudo no liquidificador com um pouco de água. O resultado, essa sopinha nutritiva, muda de cor, aroma e nutrientes a cada semana, de acordo com o que tinha na tigelinha – às vezes fica verde, por causa de um brócolis que estava com partes feias e eu tive de descartar, tem dia que fica roxo, pela casca da beterraba, e por aí vai.
Meu liquidificador bate até gelo, então, nem espiga de milho vai pro lixo por aqui: eu cozinho o milho verde, como os grãos e depois pico as espigas com uma faca de desossar carne, pra bater os pedacinhos todos na sopa das plantas. Essa misturinha vai pra vasos e canteiros, que depois são bem regados, até que a sopa tenha se escondido toda embaixo das cascas de pínus e das palhinhas protetoras do vaso (falo delas neste vídeo de cobertura vegetal).
Com essa papinha-adubo, os canteiros ficam alimentados o ano todo, mas, se quero mais flor ou fruto, aproveito pra usar junto um pouco de bokashi, meu adubo orgânico preferido. A frequência de adubação aqui é quase semanal, mas não se preocupe, porque a papinha tem liberação lenta de nutrientes e nunca será excessiva pras plantas.
Ah, e não atrai barata nem rato porque não leva proteínas animais (leite, gordura, carne), só restos vegetais e casca de ovo (limpinha). Experimente fazer em casa, lembrando sempre de colocar abaixo da camada de palhinhas dos vasos, pra não atrair mosquinhas de fruta. As plantas adoram!