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Composteiras: testamos a elétrica e a tradicional
Composteiras são usadas pra transformar sobras de alimentos em um rico composto, pra ser usado como adubo. Existem composteiras com e sem minhocas, fabricadas e feitas em casa e, até mesmo, equipamentos elétricos, olha só! Nossa jardineira Carol Costa testou algumas composteiras e mostra pra gente o resultado de cada uma delas, explica os métodos de compostagem e as diferenças entre um equipamento elétrico e um modelo tradicional.
Composto caseiro
O composto caseiro é aquele que fazemos em casa, com o auxílio de uma composteira tradicional. Nesse tipo de compostagem, os resíduos orgânicos, como pedaços e cascas de vegetais, são transformados por serezinhos (insetos, fungos, microorganismos e outros bichinhos) em um material com cheiro de floresta e jeitão de terra preta. Super nutritivo pras plantas, o composto serve como adubo e leva vida pra um solo cansado. Pode ser que dê pra notar pedacinhos de partes mais duras do alimento, como sementes e caules, mas não esquenta: no meio do substrato, esse material ainda será processado pelos seres do bem que vivem em todo jardim e vaso saudável.
Versão industrializada
O composto industrializado é obtido da mesma forma que o caseiro mas, pra padronizar, ele é peneirado, ficando bem uniforme e com cara de terrinha nutritiva. Os bichinhos trabalham lá da mesma forma que numa composteira caseira mas, em quantidades bem maiores. Você encontra esse composto à venda em gardens centers, em saquinhos.
Composteira elétrica
A composteira elétrica gera um composto um pouco diferente. De cor mais clara e tem um jeitão mais próximo de um farelo e palha triturada. A grande vantagem dessa composteira é que dá pra colocar, além de resíduos vegetais, restos de produtos de origem animal e, até mesmo, guardanapos de papel! O processo da composteira elétrica envolve calor e ele desidrata o material, enquanto uma pazinha movimenta a mistura. Em algumas horas, o produto é finalizado.
Como fazer uma composteira
Montar uma composteira em casa não é difícil. Carol adaptou três vasos quadrados da Vasart, pra criar sua própria composteira. Dá pra improvisar com baldes ou outros tipos de recipientes, desde que tenham um tamanho razoável, possam ser empilhados e aguentem umidade. As partes superiores devem ser furadas, pra que o material possa cair pro compartimento de baixo durante o processo. Carol usou uma furadeira pra fazer vários buracos em dois dos vasos retangulares. A caixa de baixo não deve ter furos, porque é pra lá que o líquido dos resíduos é escoado. Pra fechar a parte de cima, uma tampa de madeira e, tá pronta sua composteira!
Quais resíduos utilizar
Pra usar a composteira, é preciso separar, além dos resíduos vegetais, uma porção de materiais secos, como folhas, gravetos e palhas. Na caixa de cima, você colocará, pra cada parte de resíduos orgânicos (os úmidos), duas partes de material seco. Botou um punhado de cascas de batata? Adiciona dois punhados de palhinhas ou folhas secas. Na falta desse material seco, até mesmo folhas de jornal picadas podem ser usadas. Essa cobertura manterá a quantidade de líquido equilibrada e evita mau cheiro – afinal, até mesmo cascas de vegetais podem apodrecer!
Minhocas e biofertilizante
Muitas composteiras ganham a ajuda de minhocas, bichinhos que adoram viver no escurinho e processar resíduos de alimentos em troca de proteção e cuidados. Aliás, se vai usar esses animaizinhos, não use restos de cítricos ou ácidos — cascas e bagaços de laranjas, limões e abacaxis devem ficar de fora. Conforme os bichinhos vão processando o material da caixa de cima, os resíduos menores e gerados vão caindo através dos furos pra caixa de baixo. O líquido excedente também vai escoando, até alcançar o último recipiente. Esse é um poderoso adubo e o nome correto do líquido é biofertilizante – algumas pessoas também chamam de chorume mas, esse nome é usado pro líquido fétido que escoa de lixeiras e que não serve como adubo.
Vantagens e desvantagens
Não é aconselhável usar resíduos de origem animal em composteiras caseiras, porque pode causar mau cheiro e, ninguém quer que a casa seja visitada por moscas, baratas ou até mesmo, ratos. A única exceção de resíduo de origem animal que pode ser usado em ambas (elétrica ou tradicional) é a casca do ovo. Já na composteira elétrica, materiais de origem animal, como leite e derivados, restos de carne e até mesmo peixe, são processados numa boa e o cheiro é nulo. A principal desvantagem da composteira elétrica é o seu preço, custando o equivalente a um eletrodoméstico grandão – quase uma geladeira! Também consome energia e, o produto obtido da composteira elétrica tem mais jeito de um condicionador de solo do que o composto vivo gerado por uma composteira tradicional.
Materiais e plantas mostrados no vídeo:
Vasos da linha Cubos, da Vasart
Composteira elétrica, SmartCara
Figurino:
Carol usa blusa da À Flor da Pele
colar, do Studio Drê Magalhães
calça do acervo pessoal
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