Entenda o que sua planta diz
Já ouvi muito dono de cachorro dizer que eles são fáceis de entender. Orelhas em pé são sinal de alerta. Língua dependurada pra fora é cachorro com sede ou cansado. Dentes bem à mostra e pelo arqueado alertam para uma eventual mordida. Latidos pedem atenção. E qualquer pessoa que tenha visto um cão balançando o rabo de um lado para o outro entende que o bicho está feliz. Pois é, quem consegue aprender cachorrês está a meio caminho de falar a língua das plantas. Se existisse um dicionário de plantês, os verbetes seriam mais ou menos assim:
Folhagem rala
“Um vaso maior ia bem, hein?”
Pontas amarelas
“Exagerou no adubo de novo?
Folhas caem ainda verdes
“Troque meu substrato , ele está apodrecendo!”
Folhas mal formadas
“Você está me dando muito adubo.”
Ramos finos e com poucas folhas
“Tô anêmica, preciso de adubo…”
Folhas pálidas
“Encontre uma sombrinha pra mim, vai?”
Está há anos sem dar flor
“Sem adubo e claridade, nada de flor, meu bem.”
Pintinhas pretas nas folhas
“Preciso de remédio contra fungos e bactérias!”
Constante ataque de cochonilhas
“Me leve para um local mais arejado, poxa…”
Folhas cheias de fuligem
“Preciso fazer uma limpeza de pele urgentemente…”
Formigas nos brotos
“Tô cheia de pulgões, me dê um banho de óleo de Neem!”
Queda das flores ainda em botão
“O vento derrubou meus bebês…”
Folhas parecem emboloradas ou enferrujadas
“Me dê remédio antifungo urgentemente!”
Queimaduras circulares nas folhas
“O sol está passando por alguma fresta e queimando minha pele!”
Caule mole
“Tá pensando que sou peixe? Diminua as regas – e tire esse prato dos meus pés.”
Folhas e caules murchos
“Você quer me matar de sede, é?”
Um monte de raízes à vista
“Ah, o que eu não daria por um vaso maior…”
Folhagem com rastros brilhantes
“Socorro, estou sendo atacada por lesmas e caracóis!!!”
Frutas azedas
“Me dá mais água que eu faço elas bem docinhas.”