O be-a-bá das orquídeas para iniciantes

© Carol Costa/Minhas Plantas

Entenda de uma vez o que significam alguns dos termos complicados mais encontrados nos livros de botânica e jardinagem

O que é epífita


Essa palavrinha em latim quase sempre é usada para designar orquídeas, mas elas não são as únicas "plantas que crescem em árvores", conforme a tradução livre do termo. Avencas, rendas-portuguesas, samambaias, chifres-de-veado e até arbustos – como a cheflera, por exemplo – podem ter hábito epífito. Vale lembrar que a maioria das epífitas, inclusive as orquídeas, usa a árvore apenas para se sustentar, e não para sugar a seiva dela: isso é feito por um grupo pequeno de plantas epífitas parasitas, caso de pragas como o fio-de-ovos (Cuscuta spp.).

O que é crescimento Monopodial e Simpodial


Há dois tipos de crescimento entre as orquídeas: vertical e horizontal. As plantas que crescem para cima, como Vanda, Ascocenda e Phalaenopsis, por exemplo, têm crescimento chamado de monopodial. Já aquelas que produzem brotos laterais, desenvolvendo-se principalmente na horizontal, são simpodiais, caso de Cattleya e Oncidium, para citar alguns dos gêneros mais conhecidos. Agora você já sabe por que aquela chuva-de-ouro insiste em soltar raízes para fora do vaso, hein?

O que é Pseudobulbo


Você já conhece muitos bulbos verdadeiros: basta abrir a geladeira para encontrar alho e cebola, dois exemplos de plantas bulbosas bastante comuns, assim como lírios e tulipas. A principal diferença entre essas estruturas armazenadoras de água e nutrientes e os pseudobulbos ("falsos bulbos") é que os segundos ficam acima da terra. O formato dos pseudobulbos varia muito: pode parecer um fuso, como no Cyrtopodium cardiochilum, uma bolinha, como em Coelogyne cristata, ou ainda cana-de-açúcar, à maneira de muitos Dendrobium. Em todos os casos, ele tem a mesma função, de ser um backup de água e nutrientes para momentos de escassez.

O que é Labelo


A pétala mais chamativa das orquídeas tem esse nome todo especial, que significa "pequeno lábio". Ela pode ser idêntica às outras cinco ou, mais comumente, ter alguma diferenciação de cor, textura, brilho, tamanho ou perfume. O labelo é a principal arma de atração dos polinizadores, por isso, evoluiu até alcançar uma extrema especificidade. A orquídea do gênero Ophrys, por exemplo, possui um labelo que imita a fêmea das abelhas que a poliniza. Já as Coryanthes chegam ao ponto de "trancafiar" o polinizador num labelo que é um labirinto perfeito, culminando nos preciosos grãos de pólen. Há casos de labelos móveis, que se adaptam ao peso do inseto, proporcionando um encaixe quase ergonômico e um acesso mais fácil às polínias, como acontece em Bulbophyllum lobbii, por exemplo, e também labelos que exalam perfume ou feromônio especial, só perceptível ao polinizador daquela espécie.

O que é Substrato


É o nome dado ao material que suporta o crescimento de uma planta: pode ser terra, areia, musgo, pedra, carvão, osso, fibra de coco, casca de várias árvore e até uma mistura de dois ou mais desses materiais. Você encontrará em orquidário e garden centers uma grande variedade de substratos para orquídeas, mas os mais usados costumam ser esgano (musgo muito apreciado por micro orquídeas) e um mix de casca de pínus, chips de coco e pedacinhos de carvão (disponível tanto em cavacos pequenos quanto em pedaços maiores). Existem também substratos alternativos, como sabugo de milho, semente de açaí, palha de piaçava e muitos outros materiais regionais que surgem como sobras orgânicas da agricultura ou de indústrias locais. Não existe um substrato único para orquídeas porque os gostos de cada espécie são muito diferentes. Para escolher o substrato ideal, conheça os hábitos de crescimento da orquídea escolhida e busque uma opção que mais se aproxime das necessidades de pH, arejamento e umidade da espécie – e que dure bastante, diminuindo a necessidade de transplantes contínuos.

O que é Rizoma


Pense num gengibre: aquela estrutura que usamos na culinária, suculenta e repleta de nódulos, é um exemplo clássico de rizoma. Esse tipo especial de caule pode tanto ser subterrâneo, como no caso do gengibre, quando nascer fora da terra, mas se desenvolvendo bem rente à ela, exatamente o que ocorre na maioria das orquidáceas. Há rizomas que vão se elevando do solo com o crescimento da planta: em Maxillaria tenuifolia, são eles os "cabinhos" que ligam um pseudobulbo a outro e produzem raízes, tornando-se bem visíveis ao crescerem para cima. Já em orquídeas do gênero Laelia, por exemplo, eles ficam muito mais próximos uns dos outros e se desenvolvem rasteiramente.

postado em 25/10/2017 - Leia mais
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