Recado a uma lesma: não é nada pessoal, mas...

Estou numa guerra dos infernos com Dona Eufrália e suas filhas. A gente se detesta desde o dia em que nos conhecemos. Durante o dia, ela e sua prole se espalham; à noite, lanterna em mãos, eu as expulso, uma a uma, do meu vaso de petúnia.
Esse é o problema das lesmas: elas se multiplicam muito rápido. Desde que assassinei sem querer o marido de Dona Eufrália, a velha lesma não me deu mais sossego. Comeu todos os brotos da petúnia. Deixou seu visco brilhante por flores e folhas e começou um ardiloso plano de expansão para vasos vizinhos. Peguei uma de suas filhas dois andares abaixo, se preparando para atacar meu cacto preferido.
Gente de coração mole como o meu não consegue diferenciar a vida de uma minhoca da de uma lesma. Para mim, ratos são tão fofinhos quanto esquilos, ainda que tenham maus-modos à mesa. Morcegos são passarinhos noturnos. Hienas são cães que riem. Nenhum bicho vale mais que outro — humanos incluídos.
Só porque não conheço uma função interessante para uma lesma, não vejo porque matá-la. O que Dona Eufrália claramente não entende, dada a raiva com que instrui suas filhas a destruir minhas plantas. Então, toda noite, eu as recolho com uma varetinha, atravesso a rua e deposito, lesma por lesma, no gramado da praça. Já que estamos em guerra, elas que se entendam com os passarinhos.

Curso Gratuito de Orquídeas - Resumos

Substrato

110 atividades de jardinagem

Palhinhas protetoras

Jardim vertical

A despedida do girassol dos passarinhos

Entenda o que sua planta diz

Regra de ouro para nunca mais perder plantas

As 9 maiores dúvidas sobre orquídeas

Receitas caseiras contra as pragas mais comuns

Posse responsável de plantas em vaso

Me espera, sibipiruna!

Minha namorada Vanda

A jardineira infiel

Tenha um jardim de borboletas

5 segredos para regar sua orquídea
