O balé das palmeiras que andam

Segunda-feira cedo, carros por todos os lados, a orquestra de buzinas ensaia seus acordes e meu mau-humor dá o primeiro sinal de vida enquanto levo uma fechada pela segunda vez. O semáforo fica verde e a fila ainda anda mais alguns milímetros antes de parar, os motores quentes sob uma chuva fina que não pára.
Olho pelo vidro embaçado da raiva contida e vejo duas palmeiras dançando ao vento. Mas lá fora não venta. Olho para a garoa que cai num ângulo de 90 graus tão perfeito que não resta dúvida. Nada de vento. Volto às palmeiras, mas elas não estão mais lá: agora, tremelicam suas folhas rasgadas uns vinte metros à minha frente. O semáforo fica vermelho.
Então, elas passam por mim. Com as raízes presas num saco de estopa e os troncos bem amarrados à caçamba de uma picape, as palmeiras parecem moleques brincando na chuva, balançando os braços e espirrando água em redor. O semáforo abre.
Acompanho-as com os olhos o mais que posso, até vê-las sumirem num cruzamento, num gracioso pas de deux.

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