Entenda os termos bizarros que os botânicos usam
Você tem uma planta e não sabe o nome. Ganhou uma orquídea, mas não tem a menor ideia de como cuidar dela. Encontrou insetos na sua horta e gostaria de acabar com eles sem comprometer sua salada. Foi para resolver problemas como esse que eu criei o site Minhas Plantas, no primeiro dia de Primavera de 2012.
Porque eu já fui a pessoa que entra na internet em busca dessas respostas – e não encontrava nada escrito de uma maneira que eu entendesse. Toda vez que eu lia algo como "simpodial", "rizoma" ou "caducifolia", juro, tinha vontade de desistir. Até hoje eu tenho pavor desses termos, mas finalmente aprendi o que significam e, aos poucos, procuro explicar coisas complexas de uma maneira mais simples.
Uma planta pode crescer de duas formas: para cima, como as árvores (chamado de crescimento "monopodial"), ou para os lados, como os morangos, que ficam sempre do mesmo tamanho, mas produzem cabinhos horizontais de onde sairão seus "filhos". Esse crescimento dos morangos e de muitas outras plantas se chama "simpodial", e é sempre útil saber para posicionar a planta direito no vaso. Afinal, se ela crescer só para os lados, precisará de bastante espaço com o passar dos anos.
"Rizoma" é outra palavrinha feia, mas fácil de entender: trata-se do caule rastejante das orquídeas, que fica encostadinho ao solo ou ao tronco de uma árvore. Olhe abaixo das folhas e você o encontrará. Ele nunca deve ser enterrado, porque, ao contrário das batatas e dos nabos, apodrece.
E pra terminar o show de horrores, "caducifolia" é o termo usado para as plantas que perdem as folhas em alguma época do ano, como os ipês, por exemplo. Espécies caducas enchem o chão de folhas secas, daí ser bacana saber disso ao plantar uma árvore perto da sua piscina ou na gramado em frente à porta.
Essas e outras dúvidas assombram qualquer pessoa que queira cuidar de uma plantinha em casa. E nem precisa ter vontade de virar paisagista profissional pra se deparar com uma palavra complicada, não. Tá lá no saco a palavra "substrato", que não me deixa mentir. Ou o enigmático "NPK", a sigla mais famosa da botânica. Para uns, esses são estímulos à curiosidade, à prazerosa investigação. Mas para a maioria das pessoas, esses termos complicados acabam com o desejo de ter uma horta em casa, de semear margaridinhas num canteiro ou mesmo de ter um vaso de violetas no escritório.
Por isso, antes que você desista das luvas de jardinagem e aposente seus vasos de barro, faça uma visita ao Minhas Plantas. Ele foi feito por quem já passou por todos os perrengues que você está passando. Por quem já encontrou as mesmas dificuldades que você está vivendo e já chorou muito ao encontrar nas plantas tantas lesmas e tão poucas borboletas.
Se dê um minutinho para ler algumas das dúvidas já respondidas em Plantão. Assista a um vídeo ensinando a regar uma orquídea. Ouça um programa para a Rádio Globo SP – eu nem ligo de você tirar sarro do meu sotaque de Piracicaba. Fuce nas Flores, Árvores e Folhagens já publicadas, todas com curiosidades, usos medicinais, informações bem práticas para plantar e adubar. Vale até dar uma passada na seção de Receitas para conferir algumas das gostosuras que você pode fazer com o que plantou. Ou se enturmar com os blogueiros parceiros, tão apaixonados por plantas quanto eu e você.
Só depois de conhecer o Minhas Plantas você vai entender que dedo verde não nasce pronto, precisa ser regado com muita informação. Semeie essa ideia!