7 truques para driblar a estiagem no orquidário

© Luciana Festi/GNT

Manter as orquídeas bonitas e saudáveis tem sido um desafio em tempos de estiagem. O que poucos sabem é que aposentar o esguicho pode ser muito bom também para seu orquidário – afinal, existem muitas outras formas de manter as plantas úmidas sem desperdiçar nenhuma gota de água. Aqui vão algumas soluções criativas e comprovadas, que também podem ser aplicadas nas outras plantas do seu jardim.

1. Substitua os fertilizantes minerais por orgânicos


A primeira dica é também a mais polêmica: procure substituir a adubação mineral pela orgânica, com Bokashi ou um mix de ingredientes naturais (cinzas, composto orgânico, farinha de sangue, entre outros). Num ecossistema equilibrado, as plantas não precisam de adubação artificial – elas encontram no ar, na água e no solo todos os nutrientes. Quanto mais fertilizante mineral se usa, mais "sede" a planta tem e maior o consumo de água.

2. Prefira regar os vasos de tardezinha ou à noite


A maior parte da água absorvida pelas plantas não é usada para nutrir nem se transforma em flor, folha ou raiz. Ela se perde na evaporação do substrato para o ar ou na transpiração realizada pela planta para não superaquecer. Essa perda de água pode chegar a até 90% nos dias quentes, quando o solo passa dos 60ºC, torrando as raízes das orquídeas terrestres. Para usar a água de forma eficiente, regue o orquidário no final do dia, e tenha plantas úmidas por mais tempo.

3. Reúna num mesmo lugar várias plantas epífitas


Orquídeas não são as únicas plantas a crescer sobre as árvores: há também avencas, rendas-portuguesas, samambaias, chifres-de-veado e muitas outras espécies. Tire proveito dessa familiaridade botânica reunindo no mesmo espaço outras epífitas. Você pode intercalar os vasos de orquídeas com samambaias e até plantar bromélias no chão. Além de bonito, o resultado imita o habitat natural das orquídeas, preservando o clima de "mata".

4. Entenda a língua da sua orquídea


A folhagem murcha e caída de uma Cattleya, por exemplo, indica desidratação. Já as folhas pretas, moles e pegajosas de Phalaenopsis sinalizam doença causada por acúmulo de água no encontro das folhas. Use o dedo para saber quando regar novamente: toque o substrato com o dedo indicador e veja se a ponta sai suja. Se o substrato estiver úmido, melhor adiar a rega. Essa dica é especialmente boa para as orquídeas que estão em esfagno ou na terra.

5. Agrupe o maior número possível de vasos


Parece mágica, mas esta é uma dica bastante lógica: em vez de deixar os vasos distantes uns dos outros, coloque-os próximos para que se crie uma nuvem de evaporação que beneficie todas as plantas. Isso diminui a necessidade de regas ao causar um aumento na umidade local. Se puder, tire do alto os vasos suspensos – que desidratam depressa ao serem atingidos pelo vento em todas as faces – e junte-os a turma que já está no baixo, bem pertinho.

6. Coloque vasos pequenos em pires com pedras


Outro truque ninja é manter as orquídeas em cima de pratos com uma camada de pedra e uma lâmina de água – mas pouca mesmo, para que o mosquito da dengue não encontre ali um lugar aonde procriar. Se tiver muitos vasos, dá para construir a mesma estrutura de forma ainda mais eficiente usando uma jardineira plástica.

7. Transforme a grama numa aliada das orquídeas


Se a poda do gramado não for muito rente, sua grama pode ajudar a manter a umidade em todo o seu entorno. Isso beneficia diretamente as plantas vizinhas – e não estamos falando só das orquídeas terrestres, mas também de epífitas e até rupícolas que vivem nas imediações. Faça o teste e comprove: vasos mantidos próximos de um gramado verdinho ficam molhados por mais tempo do que aqueles perto de um local todo cimentado.

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