Os antigos sábios alegavam várias propriedades ao gerânio. Dizem que Pitágoras, filósofo e matemático grego, aconselhava seus discípulos a tomarem chá de gerânio para moderar as paixões da juventude. Plínio, o Velho, naturalista romano, jurava que uma pequena porção da tintura da flor diariamente evitava qualquer tipo de doença. E Horácio, poeta romano, acreditava que a ingestão de gerânio seria capaz de aumentar a capacidade de aprendizado de qualquer pessoa.

Gerânios dão arbustos perfumados e buquês de flores

Nem todas as propriedades lírico-medicinais dessa pequena flor foram confirmadas pela ciência, é claro. Sua beleza, no entanto, foi mais do que comprovada ao longo dos séculos. Disfarçados de buquês, os gerânios são arbustos extremamente perfumados, com flores em tons de branco, rosa e vermelho. Preferem temperaturas amenas, mas toleram bem as variações do clima brasileiro, incluindo nosso inverno de poucos rigores – só redobre os cuidados em épocas de extremo calor ou em ambientes muito úmidos, que podem prejudicar a planta. No primeiro caso, será preciso aumentar as regas, já no segundo, o oposto, diminuí-las pela metade, para evitar o aparecimento de doenças causadas por fungos e bactérias, como míldio ou ferrugem, por exemplo.

O melhor solo e a forma para regar e adubar gerânios

Originária da África do Sul, essa espécie deve ser cultivada a pleno sol, em vasos ou jardins preparados com uma parte de terra e uma de composto orgânico (ou esterco ou ainda húmus de minhoca, nunca os três juntos). Regue de duas a três vezes por semana, dependendo do clima na sua cidade e de onde a planta está – se em vaso de barro ou local onde venta muito, ela desidrata mais depressa. Em ambientes bem iluminados, o gerânio floresce quase o ano inteiro. Na Europa, a flor não serve apenas para decoração: ela é a base de uma geleia, semelhante à de rosas. E também de vinagres e cremes adstringentes, comumente guardados em vidros transparentes cheios de folhas, para dar um toque especial à decoração da casa.