Nos lugares mais escuros e sombreados das florestas da China e do Camboja vem este musgo delicado, de frontes verdes que ficam azuladas dependendo do ângulo de incidência da luz, e-xa-ta-men-te como as penas de pavão. Agora está azul. Não, espera! É verde! Opa, ficou meio azul de novo! Essa é a mágica do musgo-azul, que deve ser um segredo só compartilhado com os pombos (que têm essas cores mutantes no pescoço) ou com os arco-íris, esses, sim, os especialistas em transformar luz em cor.

Musgo-azul precisa de solo úmido e rico

Os musgos-azuis, como todas as Selaginellas, são discretos, têm porte baixinho e precisam de muita, muita umidade. São perfeitos para grandes terrários porque compensam os 20 cm de altura tendo crescimento lento e esse tom de azul incomum entre as plantas. Para azularem lindamente, precisam de solo poroso, leve, composto de terra ou substrato acrescido de muita matéria orgânica, constantemente úmido. Vão bem naquele cantinho da sua casa que só recebe claridade, seja em vaso ou em canteiro. Se ficarem alguns dias sem água e passarem por um vendaval, os musgos-azuis secam e morrem sem nem dar adeus. Ressuscitá-los é quase impossível.

Como manter o musgo-azul

Se mantidos em ambiente constantemente protegido de vento e sol, eles ficam lindos, azuis, se esparramam pelo chão, até arriscam subir pelas paredes, mas depois mudam de ideia e seguem pequeninos, rasteiros, um verdor-azulado de dar gosto, arrancando alegriazinhas da gente.