lírio
  • Nome popular lírio
  • Outros nomes açucena, açucena-japonesa, lírio-japonês, lírio-chinês, lírio-oriental, lírio-trombeta, lírio-leopardo, lilies
  • Categoria flores
  • Ordem Liliales
  • Família Liliaceae
  • Subfamília Lilioideae
  • Tribo Lilieae
  • Subtribo
  • Gênero Lilium
  • Espécie Lilium hybrid
  • Origem Europa e Ásia
  • Tamanho de 40 cm a 1,80 m
  • Propagação por divisão de touceira
  • Iluminação
    meia sombra
    sombra
  • Rega média água
  • Plantio
    o ano todo
  • Perfumada sim
  • Floração
    o ano todo
  • Frutos não comestíveis

O lírio só perde para a rosa o posto de flor mais conhecida do planeta. Sua fama vem de antes de Cristo: no Egito e na Grécia Antiga, lírios eram oferecidos aos deuses e usados como plantas medicinais, capazes de acelerar a cicatrização de úlceras, ferimentos e queimaduras. Do mestre renascentista Leonardo da Vinci ao escritor brasileiro Érico Veríssimo — passando por William Shakespeare, Van Gogh, Claude Monet e Sidney Poitier, entre outros —, não há tipo de arte que não tenha se inspirado nessas elegantes flores de pétalas vistosas. Talvez o maior propagador da espécie tenha sido ninguém menos que Jesus Cristo. Em uma das passagens mais importantes do Sermão da Montanha, ele teria dito: "Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam, contudo, vos digo que nem Salomão em toda sua glória se vestiu como um deles." Daí o cristianismo associar o lírio branco à imagem de Virgem Maria, tornando a flor um símbolo de pureza.

Lírio possui várias espécies híbridos

Todo esse burburinho, no entanto, não se dá em cima de uma única espécie. Com mais de cem variedades naturais e centenas de híbridos, o gênero Lilium surgiu no Japão, China e Europa, mas logo se espalhou pela América do Norte e outras regiões de clima temperado. As flores são de formas e tamanhos diversos, disponíveis em todas as cores, exceto o azul. Homenagem ao naturalista sueco Carlos Lineu, a família das liliáceas abriga muitas outras plantas popularmente chamadas de lírios, mas os verdadeiros vêm de dois grandes grupos. De Taiwan, Mongólia, Filipinas e outros países da Eurásia vêm os chamados lírios-asiáticos, maiores e sem perfume, muito usados como flores de corte. China e Japão produzem os lírios-orientais, de perfume e cores mais espetaculares, que dão tantas flores num só talo que é preciso prendê-los a tutores de arame. As flores se desenvolvem a partir de um bulbo, uma espécie de "cebola" que fica embaixo da terra e fornece nutrientes. Depois que acaba a floração, o bulbo entra em dormência por alguns meses – justamente aqueles que coincidem com o inverno – e, no começo da primavera, produz bulbos-filhotes, chamados "bulbilhos". São eles que produzirão as folhas e flores da próxima geração. No Brasil, é bem difícil reproduzir o lírio de forma natural. Para se ter uma ideia, nem mesmo os grandes produtores de flores acham comercialmente viável multiplicar os bulbos no nosso clima – eles preferem importá-los da Holanda e plantá-los aqui.

Truque para ter lírio sempre florido em vasos

Para ter sucesso no plantio, tire o bulbo da terra depois de acabada a floração. Lave-o para eliminar a terra e guarde-o – limpo, seco e envolto em papel-toalha – no gavetão de verduras da geladeira. No começo da primavera, prepare o vaso fazendo uma boa camada de drenagem no fundo, com pedras, isopor, argila expandida ou cacos de telha. Misture terra, areia e composto orgânico em partes iguais, coloque um pouco desse preparado no vaso, ajeite o bulbo e acrescente mais 10 cm da mistura por cima, apertando de leve. Deixe o vaso em local iluminado, sem incidência direta do sol nas primeiras semanas, molhando o suficiente para que a terra fique úmida, nunca encharcada. Quando a folhagem começar a crescer, vá colocando o vaso gradativamente no sol mais fraco (das 7h às 9h e das 16h às 17h), sempre retirando-o nas horas de sol forte. O desenvolvimento é muito rápido e a floração costuma acontecer entre a primavera e o verão, período em que as regas devem ser suspensas, sob o risco de atrair fungos para a planta. Ao término do processo, corte as folhas e repita o ciclo, desenterrando o bulbo e guardando-o fora da terra durante a dormência. Ao preparar um arranjo de lírios na água, retire os grãos de pólen com uma tesoura, diminuindo assim os riscos de alergia e de roupas manchadas. Isso também aumentará a durabilidade da planta. Se preferir, compre lírio-sem-pólen, um híbrido recentemente trazido para o Brasil, de flores menores, alaranjadas, com pétalas dobradas. Ou você pensou que uma planta que está na moda há tantos séculos não precisaria se reinventar?

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