Você pode até não conhecê-la pelo nome, mas certamente já viu uma
árvore-orquídea na rua, afinal, essa é uma das espécies mais usadas no
paisagismo urbano. Tanto ela quanto as irmãs da família
Bauhinia costumam dar flores quase o ano todo, característica muito apreciada pelo paisagista
Roberto Burle Marx, que as usou em muitos de seus projetos. Hoje, sabe-se que árvores-orquídeas podem não ser uma opção excelente na urbanização porque, depois uma ou duas décadas, ficam com os galhos quebradiços e a copa disforme, exatamente como ocorre com sua irmã de
flores brancas, a
pata-de-vaca.
A origem do nome da árvore
Suas
folhas arredondadas e bifurcadas lembram pegadas de vacas, de onde vem um de seus nomes populares. Com mais de 10 cm, as
flores cor-de-rosa têm uma
pétala mais viva que lembra o labelo das orquídeas do gênero
Cattleya. O nome científico desse gênero presta uma homenagem aos gêmeos suíços
Johann e
, botânicos especializados em ervas que fizeram fama no século XVI. De fato, as folhas parecem gêmeos siameses, com uma parte do corpo colada uma na outra.
Planta rústica e de baixa manutenção, cresce até mesmo em solos pobres em nutrientes, florescendo quando está praticamente sem folhas, tradicionalmente no outono. Aceita tanto o cultivo em sol pleno quanto em ambiente de meia sombra e só faz exigência de terra bem drenada, porque o excesso de água parada nas raízes lhe faz mal.
Como ter mudas de árvore-orquídea
De todas as Bauhinia, a árvore-orquídea é a que mais sofre com a geada e que dá mais trabalho para tirar muda. Como suas flores não geram frutos férteis e as estacas dificilmente enraízam, prefira comprar uma muda já grandinha a se aventurar nas técnicas de enxertia e alporquia.